Hoje o Chapecoense é cinza

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Errol Fernando Zepka Pereira Junior

 

Senhor, que é o homem para que te importes com ele, ou o filho do homem para que por ele te interesses? O homem é como um sopro; seus dias são como uma sombra passageira. Salmos 144:3,4

 

O dia 29 de novembro de 2016 tinha tudo para continuar pintado de verde. Chapecoense, o time de futebol de Chapecó, Santa Catarina sendo transportado para a Colômbia, a fim de competir a final da Copa Sul-americana. De repente, o verde chapecoense pinta nosso dia de uma grande mancha preta de luto: o avião cai, deixando 72 pessoas mortas[1]. Quem são essas pessoas? Uma breve pesquisa no Google vai te dar detalhes de nomes, idades, famílias e tudo o mais. Mas um resumo geral seria: jovens entre 20 e 25 anos, cheios de alegria, empolgação, e vida. Quem poderia imaginar a tragédia que ocorreria ao subir naquele avião? O sentimento era de expectativa: vamos para trazer a taça. Todavia, em vez da taça, o que retorna não só para Chapecó[2], mas também para o Brasil inteiro é o sentimento de luto que nos abate e comove.

DE QUE VALEM NOSSOS PLANOS? Recebi a notícia do ocorrido hoje, logo ao acordar, e o sentimento de que me abateu são de que os dias que virão trarão a névoa deixada pela boate Kiss em 2013. O luto, o sentimento de incapacidade. Comecei a então me perguntar algumas coisas: de que valem nossos sonhos, nossos planos? De onde vem esse nosso sentimento de super-heróis, que tudo vai dar certo para nós e que nada impedirá nossos planos? A razão para algo tão trágico ter acontecido nunca saberemos. Eu ouso em dizer que algo assim jamais estaria no coração de Deus. O Deus que tem planos maiores que os nossos[3]. A dor do luto nos rouba sonhos, alegrias, planejamentos, até mesmo nossa identidade.

VIVEMOS PELO QUE? Salomão nos diz que o homem pode até fazer planos, mas que a reposta certa para eles vem do Senhor[4]. Qual é então o sentido da vida? Vivemos pelo que? Onde estão nossos sonhos? Muitas vezes na nossa vida, estamos exatamente como o Chapecoense: subimos no avião da vida carregando na mala nossos planos, sonhos e esperanças. De repente algo inesperado acontece, e o que fica é o sentimento de incapacidade além da confusão na identidade: se eu vivo pelo meu sonho e o meu sonho morre, quem eu sou?

QUAL A PERDA DO NOSSO AVIÃO? Ao escrever esse texto, tenho firmemente em mente qual a perda do meu avião. Nunca me esquecerei dos nove anos de sonhos que me foram roubados na queda do meu avião. Mas cada um entende sua perda e sabe qual a sua mancha de luto na alma. A morte de alguém querido, a doença inesperada, o término do relacionamento, o avião que cai. E ele cai mesmo. Infelizmente, quem consegue contra a lei da gravidade? Ver nossos sonhos despencando do céu é uma dor que jamais acaba, jamais diminui. Com o tempo aprende-se a lidar com a dor da perda. Mas a maior mentira é de que o tempo cura. O tempo não cura, ele ensina-nos a lidar no máximo que pode chegar.

O SOPRO. O sopro tem a força momentânea e violenta de um sopro. Pode ser ao forte a ponto de derrubar uma casa, ou mesmo um leve soprar de velar em um bolo de aniversário. Diferentes forças, mas mesma essência: passageiros. O sopro passa. Você pode até se lembrar de certos sopros mais específicos em sua vida, mas a maioria deles tem a natureza de ser específico. A bíblia chama-nos de vento[5]. Fico pensando em nossa essência: passageira. A estimativa de vida do brasileiro é de 75 anos[6]. O que são 75 anos dentro de uma eternidade? Será que chegaremos aos 75 anos? A maioria dos jogadores do Chapecoense não chegou nem mesmo à metade. Pelo que temos vivido? Será que no final da vida, satisfaremos nossa alma com o resultado?

DO QUE TEMOS NOS LEMBRADO? Somos condicionados à pensar que precisamos estudar, fazer uma faculdade, um bom concurso público e gozar do benefício disso pela vida. Não há nada de errado em pensar assim. Mas será que isso não é desprezar em parte nossa capacidade de fazermos algo e sermos realmente felizes? Ainda Salomão, no final da sua velhice, em Eclesiastes deixa dito: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que cheguem os dias difíceis e se aproximem os dias da velhice em que dirás: “Não tenho mais satisfação em meus dias”!”. O Rei Salomão, o mais sábio e rico rei da existência humana, terminou sua velhice indicando uma falta de satisfação. Sob qual razão? A falta de escolher o que é importante, logo na tenra idade.

Pra mim, Jesus é a razão de existência: Ele se doou por mim, deixou o céu e veio sofrer aqui na terra, a fim de poder construir uma ponte para que tivéssemos relacionamento com ele. Deixá-lo de lado é ignorar o conselho de Salomão. Infelizmente, meu avião caído não tinha a ver com ele, mas com sonhos que eu atribui à ele, e deixei gerar uma marca na minha alma. Tenho certeza que ainda há de mudar minha concepção com relação aos aviões. Infelizmente, hoje, ainda não tenho coragem de subir em um.

Quanto ao Chapecoense. Passado o luto, a estrutura se reorganiza e os sonhos aos poucos voltam aos corações e os pintarão de verde. Quanto à família de cada um dos 72, fica um sentimento de dor eterno, e uma busca de que o Espírito Santo os console em um momento de tanta dor. Quanto a nós, que tivemos nossos aviões caídos, fica o desejo de ver novamente os sonhos brotarem em nossa alma.

 

[1]http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas-noticias/2016/11/29/chapeco-acorda-rezando-em-clima-de-comocao-com-a-queda-do-aviao.htm

[2]http://dc.clicrbs.com.br/sc/esportes/chapecoense/noticia/2016/11/chapeco-vive-angustia-apos-acidente-com-aviao-da-chapecoense-8538221.html

[3] Isaías 55:9

[4] Provérbios 16:1

[5] Salmos 144:4

[6] http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/12/expectativa-de-vida-dos-brasileiros-sobe-para-752-anos-diz-ibge.html

A RESTAURAÇÃO DE PIETÁ

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Fernando Zepka Junior, 14 out 2016

 

E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.

Deuteronômio 8:2

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Lazlo Toth sendo removido de Pietá em 1972.

A restauração de uma obra é algo fascinante. Existem algumas obras-primas que passam por situações que poderiam destruí-las por completo. É o caso da escultura Pietá, de Michelangelo. Em 1972, um homem chamado Lazlo Toth, em um acesso de loucura, empunhando uma marreta, entrou na basílica de São Pedro, em Roma, onde a estátua encontrava-se, atacando-a. Segundo historiadores, com cerca de 15 golpes, ele arrancou o braço de Maria, removeu parte do nariz e quebrou uma das pálpebras antes que os guardas o conseguissem deter. Burke continua dizendo que historiadores de arte ao redor do mundo lamentaram o dano aparentemente irreparável a que a estátua sofrera. Todavia, o restaurador Deoclecio Redig de Campos, juntou uma equipe de profissionais e trabalhou meses na restauração da obra. O resultado é o que pode ser observado hoje, na basílica de São Pedro: A obra Pietá perfeita, com seu resplendor original. [1]

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O restaurador brasileiro Deoclecio Campos

DIREITOS AUTORAIS. A Restauração de uma obra como a Pietá levou meses. Que se dirá a restauração de vidas ao projeto original de Deus? Sendo os homens a coroa da criação, qualquer dano infringidos à eles, pelo pecado, implicará não somente em tempo, mas em dispêndios de vigor físico, emocional e espiritual em prol de sua restauração. É relevante lembrar-se sempre que a restauração de uma vida se dá através da ação do Espírito Santo, por meio de Jesus, que é o caminho a verdade e a vida[2], e essa honra pertence única e exclusivamente à Deus. Os direitos autorais em nossa vida são de Deus, assim como os direitos de criação de Pietá são de Michelangelo. Perceba, no entanto, que ao estudar a história da escultura, o nome de Deoclecio Redig de Campos estará lá, como o restaurador dos danos infringidos pelo ataque cultural de 1972. Há de se levar em consideração também que o nome do terrorista Lazlo Toth também estará escrito na história de Pietá.

pintura-parede5306AS PAREDES BRANCAS E AS CORES. Pouco ou nada se sabe acerca das razões de Toth para tal absurdo ato. Todavia, sabe-se o ocorrido. Pensando em linhas opostas, mas seguindo o mesmo raciocínio, utilizo o exercício de pensamento proposto por Gonzales (2015)[3] ao ilustrar: imagine uma casa que está sendo cuidadosamente restaurada em seu interior por um restaurador. Esse profissional e sua equipe tapam os buracos, revestem a casa por completo, revisam acabamentos e finalmente pintam todas as paredes de branco. A casa fica linda. Plenamente restaurada e ajustada. O aspecto limpo e restaurado que o exercício dessa equipe trouxe fica evidente ao olhar-se as paredes em sua cor branca. Antes destruída, agora a casa com suas paredes brancas já se permite ser mobiliada e habitada. Nesse sentido, são válidos retoques e detalhes. O dono da casa pode desejar, por exemplo, trabalhar algumas paredes com textura e pintá-las de alguma outra cor. Todavia, por alguma razão, o restaurador encarregado da obra inicial precisa abandonar o projeto, já 90% concluído, e outro restaurador é chamado para a conclusão do projeto. Esse novo restaurador, faz as texturas e pinta as paredes como o acabamento necessário. Sem levar em considerações todo o trabalho já empenhado pelo primeiro restaurador, o novo resolve assinar todo o projeto como seu. Depois que um bom pintor pinta as paredes de branco, qualquer pintor poderá trocar as cores, com a maior facilidade.

ec49fitim-resimA DOUTRINAÇÃO COMO FERRAMENTA DE ESQUECIMENTO. Nesse sentido, porém é preciso certo empenho a fim de conseguir implantar a ideia de que o projeto fora totalmente desenvolvido por ele. Assim o novo restaurador desenvolve um sistema doutrinador, onde expõe as ideias, repetidamente, de que ele é quem merece os louros pelo projeto inteiro. Trabalha arduamente a fim de fazer as pessoas esquecerem-se do que foi desenvolvido pelo primeiro, e nega o direito de questionamento. Joseph Goebbels, ministro da propaganda do Governo Nazista disse que: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”[4]. Não nego-me a acreditar nessa frase. Realmente é possível trabalhar um formato repetitivo de doutrinação a fim de trazer aceitação à uma ideia não verdadeira. A grande massa poderá comprar e aceitar a ideia como verdade, mas isso não chegará aos que resolverem estudar a história e tirarem suas próprias conclusões. Sempre haverá aqueles que questionam e põe em xeque aquilo que lhes é dito. É o caso dos crentes de Bereia[5]. Lucas, ao falar deles, elogia-os, e lhes chama de mais nobres que os outros crentes por não somente aceitarem o que lhes era dito, mas procurar estudar as escrituras a fim de confirmar ser ou não verdade a mensagem que recebiam.

 

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Martinho Lutero, líder da Reforma protestante.

VIVEMOS TEMPOS DE ESQUECIMENTO. Me pego imaginando Lutero hoje, observando o resultado da reforma protestante. A igreja evangélica protestante nasceu de um rompimento com ideias que Lutero refutou através de suas 95 teses. A igreja evangélica nasceu sob a sombra dos nobres bereanos: a reforma deu-se pelos questionamentos de Lutero e respaldo que encontrou na própria bíblia. Todavia hoje, há um afastamento do propósito original, onde muitos esqueceram de sua semente questionadora e passaram por uma intensa doutrinação a fim de que não questionassem, mas aceitassem as coisas como verdade, sem a devida consulta às escrituras. Como moeda de troca, trocam-se os termos “nobreza” dos atuais bereanos, por “rebeldia”, e destacam-se como rebeldes os que questionam as atitudes de esquecimento. Tomam-se por base lemas pseudo-cristãos, como: “virar a página” e “reescrever a história”. Em todas as histórias de transformação que a bíblia conta, nenhuma delas esconde seu início. Pelo contrário, ela destaca as histórias em sua trajetória, com suas partes lindas e louváveis, mas também com seus começos e todos os seus desencontros. Ao povo de Israel nunca foi negado o direito de conhecer e questionar sua história. Pelo contrário, eles eram incentivados pelo próprio Deus a lembrarem-se de quem foram, a fim de não deixarem sua essência. Deuteronômio 8 é um dos vários extensivos lembretes que Deus dá à Israel de sua história, a fim de não se esquecerem quem foram. Falar dos 40 anos em que Israel viveu no deserto era lembrar-lhes de um de seus episódios de mais marcante dor na história da nação. Atrevo-me a dizer que as histórias da própria bíblia foram as precursoras da ideia popularizada na célebre frase do filósofo espanhol George Santayana: “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo.”[6]. O grande objetivo de Deus não era condenar o povo ao saudosismo de sua antiga história. Muito pelo contrário, esse tipo de saudade do Egito foi duramente reprimida por Deus, a ponto de deixar toda uma geração morrer no deserto para renovar seu povo e dar-lhes um sentido de continuação na história. Todavia, o povo não poderia se esquecer de sua história, mas celebrá-la em todos seus percursos, pelo cuidado e livramento do Senhor.

111823434-f9e7lgdwTRANSIÇÕES HISTÓRICAS. Assim como as melhores histórias tem seus momentos desconfortantes, mesmo as piores histórias trarão ensinamentos valiosos para sua não repetição no futuro. Josué foi escolhido por Deus para continuar a missão de Moisés, conduzindo o povo de Israel na entrada em Canaã. Somente após a morte de Moisés[7] é que Josué passou a conduzir o povo. Muito do vigor e poder militar e enérgico que Josué tinha, diferenciavam do comportamento mais ameno e tranquilo de Moisés, seu líder. Todavia, Josué poderia ter sido apenas mais um general de guerra, sem lutar pelos objetivos do Reino de Deus se não tivesse recebido da parte de Deus, por intermédio de Moisés, a missão de conduzir o povo de Israel à Canaã e cumprir a promessa de Deus, para Israel. Lembrar-se da história, por piores que sejam alguns capítulos é como Israel lembrar-se de sua história no deserto. É motivo de louvor e agradecimento pela ação do Senhor em suas vidas. Ao atravessar o Rio Jordão, por ordem de Deus, Israel edificou um memorial a fim de, no futuro, lembrar e ensinar a seus filhos dos livramentos do Senhor[8]. Que possamos deixar de lado os jargões positivos e voltar ao evangelho puro e simples, que se lembra da história e alegra-se não por resultados exteriores, mas internos, que acontecem dentro da alma, quando o Espírito Santo mora nela.

A obra de restauração de vidas pertence à Jesus, e isso sempre será assim (e graças a Deus por isso). Todavia, causa-me espanto ver o estímulo ao esquecimento que tem sido usado por muitos a fim de infringirem um dos princípios mais valiosos de Deus: que possamos lembrar-nos de quem é o grande idealizador do projeto, e não buscarmos honras que não foram prometidas, nem foram devidas. Paulo, ao falar sobre isso[9], chama os cristãos coríntios de carnais e infantis. Ele coloca-nos a situação que havia se levantado na igreja, a fim de escolherem quem seria o mais importante líder entre eles: se Paulo ou Apolo. Paulo, então aparece com um grande choque de realidade aos coríntios: “Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento.”[10]. Que possamos lembrar-nos de onde vem o crescimento e louvar somente à fonte dele. Sem, contudo, rasgar o livro de Êxodo[11] da única bíblia que o ímpio lê[12].

 

“Lazlo Toth destruiu, Deoclecio Redig de Campos restaurou, mas foi Michelangelo quem construiu a Pietá.”

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Pietá – Michelangelo

[1] BURKE, John. O barro e a obra-prima: enxergando a nós mesmos e às outras pessoas com os olhos de Jesus. São Paulo: Editora Vida, 2015.

[2] João 14:6

[3] GONZALES, Aretuza. Sem título. Disponível em https://www.facebook.com/tuzinhagonzales/posts/ 736796626442970?match=YXJldHV6YSxwYXJlZGVz. – Acesso em 14 out 2016.

[4] Joseph Goebbels – Wikiquote. Disponível em: https://pt.wikiquote.org/wiki/Joseph_Goebbels. – Acesso em 14 out 2016.

[5] Atos 17:10-11

[6] Frase da semana: “Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”. Disponível em: http://super.abril.com.br/blogs/superblog/frase-da-semana-aqueles-que-nao-conseguem-lembrar-o-passado-estao-condenados-a-repeti-lo/. – Acesso em 14 out 2016.

[7] Josué 1:1-2

[8] Josué 4:1-9

[9] I Coríntios 3:1-11

[10] 1 Coríntios 3:6,7

[11] Explicação: Refiro-me à história passada de Israel, no deserto, depois de sua saída do Egito. Não pode-se repetir, mas também não pode-se esquecer a história vivida.

[12] Pastor Lucinho Barreto. In: https://zepka1.wordpress.com/2014/09/17/ostentacao/. – Acesso em 14 out 2016.

Qual o teu fogo?

Qual o teu fogo?
Pregador: Zepka
Data: 11/04/2015
Culto: Arena Atos 29
Texto base: Atos 1:4-8

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I – INTRODUÇÃO

Abre tua bíblia em Atos 29.

Não tem? Então abre em Atos 1:4-8.

Atos 29 é a continuação do projeto de Atos 1.

Eles deveriam impactar todos os lugares do mundo no poder do Espírito Santo.

E foi o que eles fizeram. Mas deixaram a continuação para nós.

Você foi selecionado para continuar a missão dos apóstolos.

Um carro anda sem gasolina?

Para você cumprir esse chamado você precisa do fogo de Deus. Que já foi liberado.

 

II – DESENVOLVIMENTO

Existem três tipos de uso para o fogo:

 

1) O fogo destruidor

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Tiago 3:5-6

É o tipo de fogo que queima quem “eu não gosto”.

Desejo a todas inimigas vida longa…

Fogo da vingança: queima falando mal.

Cada vez que alguém abre a boca com esse fogo é para destruir alguém.

“É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é tolo, do que falar e acabar com a dúvida” – Abraham Lincoln

Crente que se defende é pior que descrente.

“Se você abrir a boca eu tiro a minha palavra, se você chamar os amigos eu tiro meus anjos. – Pr. Lucinho (sobre se defender).

Qual a maneira de Deus para resolver nossos conflitos? Romanos 12:20

Quando você começa a abençoar, você começa a atrair a glória de Deus para você.

Nós recebemos muito amor de Jesus. O suficiente para podermos amar de graça.

 

2) O fogo imoral

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Gálatas 5:19

Quando o prazer te controla.

Imoralidade sexual é fazer o que quer, com quem quer, a hora que quer e não perceber que quem tá fazendo o que quer contigo é o diabo.

Impureza: ver maldade em tudo.

Tudo é um convite para maliciar.

A impureza pode ser produzida por você.

Se você se entrega de graça para qualquer um, porque alguém vai querer te comprar (casamento)? Não seja uma amostra grátis.

Suas fotos: o que você quer mostrar? Pra quem?

Quem mostra o coração todos os dias pro Espírito Santo não precisa ficar mostrando o corpo todo o dia nas redes sociais.

Manda nudes da tua alma pro Espírito Santo que ele conserta o teu coração e a tua autoestima.

O maior elogio é o que vem de Deus. É melhor um like dele do que mil likes que vem de um aplicativo de likes. Quem te conhece de verdade é ele.

Libertinagem (sexualidade alterada): sem limites.

Liberdade forçada é escravidão.

A maior liberdade é a presença do Espírito Santo.

 

3) O fogo de Deus

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Atos 2:1-4

O fogo de Deus é o maior propulsor do evangelho.

Através do fogo de Deus fica mais fácil conduzir sua vida em oração.

Um carro sem gasolina anda naturalmente? Como anda teu tanque espiritual?

Assim como a gasolina, o preço de ser cheio do Espírito Santo é caro.

Não tem porque um grande veículo ser cheio de gasolina se ele não vai andar (sem propósito).

Quando a liderança cala a boca, até os jumentos se tornam ferramentas úteis para Deus.

Seja útil para o Espírito Santo.

 

III – CONCLUSÃO

Seja a geração do fogo de Deus.

Atos 2:2 – É a hora do de repente de Deus.

 

ID Na Fenda da Rocha

ID Na Fenda da Rocha
Pregador: Zepka
Data: 29/03/2015
Culto: Seminário do choque
Texto base: Êxodo 33:17-21

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1) Deus conhece o teu nome?

v.17

O que agrada a Deus? O nosso trabalho.

Deus tem se agradado do nosso serviço prestado?

 

2) Deus quer te mostrar a glória dele.

v.18

Ver a glória dele: ser cheio do Espírito Santo. Conhecer o Deus que você serve.

Ver: sua bondade, sua misericórdia, seu coração, vidas se entregando a Jesus.

 

3) O favor de Deus.

v.19

Diante de ti: o favor de Deus vai à tua frente.

Convites respondidos.

Orações impregnadas pelo poder do Espírito.

Abençoar quem você abençoar.

 

4) Morrer

v.20

Para ver a glória de Deus é preciso estar morto. Tommy Tenney

Morte: carne, vontades (jejum).

 

5) Fenda da rocha.

v.21-22

Escondido em Deus.

Onde o Senhor se move você vai sentir a sua mão.

Receber a mão do Espírito Santo sobre você.

É tempo de mover o sobrenatural.

 

6) Ver pelas costas.

v.23

Ver a Deus pelas costas é seguir em sua direção.

É ver para onde ele vai e seguir em sua direção.

É ver ele agindo.

Atos 29

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Pregador: Zepka
Data: 17/07/2015
Culto: Discipulado de despedida da “Sub-quipe Atos 29” da “Equipe ID”
Texto base: Atos 28:23-24; 28-31

 

Atos 29 ainda precisa ser escrito.

Mas Atos 28 já existe: a tempestade, a cobra e a ilha.

 

1) Atos 29 NASCE quando alguém te oprime.

Atos 28:23a

Alguém que te desacredita.

Te tem por mentiroso.

Não gosta do que você está fazendo.

Invejas e perseguições (abertas e escondidas).

 

2) Atos 29 COMEÇA A TER FORMA quando você deixa de se defender para testemunhar.

Atos 28:23b

“O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” Martin Luther King Jr.

Paulo, em vez de se defender, ele testemunhou.

 

Quem se defende Quem testemunha
Quer paz Quer guerra
Quer ficar de boa Não se preocupa com as consequências
Assiste Age
Usa só a sua voz Tem a voz de Deus
Faz a sua vontade Faz a vontade de Deus

 

3) Atos 29 GERA RESULTADOS.

v.24,28

Há resultados que só são obtidos na renúncia.

Existe uma unção específica para quem deixa de escrever sua história e passa a escrever a história de Deus.

Quando Paulo deixou de ficar em Jerusalém (sua história) o evangelho chegou aos gentios (a história de Deus).

 

4) Escrever Atos 29 É APROVADO por Deus.

v.30

Paulo chegou preso, mas permaneceu livre.

Paulo não podia falar, mas teve liberdade para anunciar.

Deus abriu portar para o Atos 29 de Paulo.

Deus troca a escravidão por liberdade.

 

CONCLUSÃO

Lucas 1:37

Não há impedimentos para fazer Atos 29.

Deus abre as portas para aqueles que decidem mudar outras histórias.

Não haverá barreiras.

Sangue ID: volte a correr

Sangue ID: volte a correr
Pregador: Zepka
Data: 15/07/2015
Culto: D144 – ID
Texto base: Atos 6:8-15; 7:54-59; 11:19,25

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1) A tua mensagem é coerente com a tua atitude?

Atos 6:8-10

“Suas atitudes falam tão alto que eu não consigo ouvir o que você diz.” – Ralph Waldo Emerson

Você tem sido coerente com o que prega?

Quando você diz: “Vamos pra célula”, sua vida é um bom convite?

Tiago 1:22

Se te faltasse a voz, você conseguiria continuar pregando?

 

2) Para você ficar desqualificado enquanto líder, precisam inventar algo ou somente observar o teu caráter?

Atos 6:11-14

Quando você prega com a vida, ninguém resiste ao que o Espírito Santo fala através de sua vida. (v.10)

“Caráter é aquilo que você é quando ninguém está olhando.” – Epicuro

Teu discípulo pode aprender tua prática ou precisa ficar na tua teoria?

“Quando você volta pra casa e ninguém mais que você precisa impressionar está por perto, quem é você?” – Trazendo a Arca

 

3) Teu sangue tem caído em favor das almas?

Atos 7:54-59

Jesus para nos salvar e nos tirar do domínio de Satanás, derramou seu sangue. O que você tem derramado em favor dos teus discípulos?

 

Tem derramado:

  1. a) Oração, por eles.
  2. b) Preparo com cuidado, para a sua célula.
  3. c) Submissão, para o seu líder.
  4. d) Responsabilidade, para suas tarefas
  5. e) Suor: você se esforça pelo teu d12 como se esforça para ganhar dinheiro?
  6. f) Organização.

 

Teu sangue está puro para ser derramado?

“Quando esbarram em você o que você derrama?” – Helena Tannure

Um sangue contaminado precisa ser descartado.

Se o seu sangue está sujo, limpe-o antes de doar para não contaminar os outros.

Quando você doa seu sangue e ele está sujo, você não está apenas fazendo algo inútil: está contaminando outros.

 

4) Teu sangue gera descarte ou multiplicação?

Atos 11:19

Quando Estevão derramou o sangue, a igreja deixou de ficar apenas em Jerusalém e passou a nultiplicar.

Um sangue puro, quando derramado, gera multiplicação.

Mateus 5:13

“Não há nada mais inútil do que fazer com eficiência algo que não deveria ser feito.” – Peter Drucker

Atos 11:25

O sangue de Jesus nos salvou e o de Estevão nos tornou cristãos.

 

CONCLUSÃO

O teu sangue tem gerado discípulos (cristãos verdadeiros)?

Você pode comemorar o derramamento do sangue ID ou é melhor estancar?

Teu sangue está liberado para jorrar?

É tempo de se arrepender do sangue que tem jorrado?

Até onde a paixão te leva?

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Até onde a paixão te leva?
Pregador: Zepka
Data: 20/06/2015
Culto: Arena Passion
Texto base: Mateus 21:12-17

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I – INTRODUÇÃO

Como mercante: vender as coisas tipo Polishop – ligue agora só temos tantas unidades…

 

II – DESENVOLVIMENTO

 

1) A tua paixão te leva a desejar Jesus?

v.12

Jesus entrou no tempo.

Quanto tempo você tem investido pedindo para Jesus visitar o templo em você?

Você tem buscado Jesus?

Como andam os cultos no templo dentro de você? (Devocional)

Você tem procurado Jesus para resolver teus problemas ou tem procurado Jesus para nãos se meter em problemas?

A oração não é último recurso dos desesperados, é a primeira reação dos avivados. Pr. Lucinho

 

2) A paixão de Jesus fez ele quebrar tudo.

v.12b

Qual foi a ultima vez que você quebrou tudo por amor a Jesus?

Você deixaria Jesus quebrar algumas coisas em você?

O que Jesus quebra? A resistência, a mornidão, o protocolo na adoração.

[Pr. Zach Neese:]

Você consegue imaginar Jesus descontrolado… quebrando tudo?

Jesus perdeu o controle aqui. Perdeu?

O templo é a casa de Jesus. Se ele quer quebrar alguma coisa, pode ficar a vontade.

Qual a diferença entre quebrar um copo na casa em que tu és visita e na tua casa?

 

 

3) Casa de oração

v.13

você foi chamado para ser uma casa de oração.

Quais as tarefas da casa de oração? Curar, clamar, restaurar, libertar.

Você cura ou adoece seus amigos/

Teu clamor move o céu ou tuas palavras autorizam o inferno?

Você é o sal. Que vai para comida ou que faz calçada?

As tuas mãos estão algemadas ou tem aberto algemas?

 

4) Covil de ladrões

v.14

Você tem deixado o Whatsapp roubar o tempo de Deus?

Você tem deixado a tua roupa roubar a santidade do templo que você é?

Você tem deixado a lancheria roubar o bolso de Deus?

 

5) Quando o templo é purificado volta a curar

v.14

Há quanto tempo você não cura?

Há quanto tempo ninguém aceita Jesus na tua célula?

Quando foi tua última oração por tua família?

Qual foi a ultima vez que alguém te procurou para ser curado?

 

III – CONCLUSÃO

v.16-17

Quando Jesus quebra tudo você tem duas atitudes a tomar: a dos fariseus ou das crianças.

Fariseus: criticar, julgar, apontar dedo, se enciumar, se fechar.

Crianças: louvar, adorar, entrar no mover.

 

Ou você quebra o sistema de pecado ou o sistema de pecado te mata.

A tua paixão precisa te levar a quebrar tudo.

Você é o templo do Espírito Santo.

Está na hora de Deixar Jesus quebrar tudo em você?

 

IV – MINISTRAÇÃO

O que está sendo vendido em você? Poe nas mesas. //Derrubar as mesas.

 

 

HOSPITAL DE SACERDOTES

HOSPITAL DE SACERDOTES[1]

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Imagine duas cidades imensas. Todavia, separadas por um grande rio. Faz-se necessária uma ponte bem construída que permita o trânsito entre as cidades. Essa é a ideia de Deus para o sacerdócio. Agora, imagine ser Deus uma cidade, e nós, a outra. Estávamos separados da vida de Deus, e o sacerdote conecta-nos à ele. Mas quem pode exercer o sacerdócio?

Alguns entendem sacerdócio como cargo: quem ocupa alguma função é sacerdote. Outros entendem sacerdócio por opção: eu escolho ou não, ser sacerdote. Todavia, o sacerdócio é algo genético, recebido no sangue. Ao vir a terra, Jesus morreu na cruz não somente para trazer-nos salvação, mas também para reestabelecer um relacionamento que se havia perdido com o homem. E a forma que Deus relaciona-se com o homem é através do sacerdócio.

Mas, afinal de contas, o que é sacerdócio? Quais suas funções relacionadas ao relacionamento homem e Deus? Antes de Jesus, o relacionamento do homem com Deus era através da figura do sacerdote, que era o único que poderia entrar no Santo dos Santos no templo. Na morte de Jesus, quando ele declarou, ainda na cruz “Tetelestai[2],[3]”, ele não estava apenas consumando a salvação, mas também consumando o plano de Deus em reestabelecer esse relacionamento. Ao rasgar-se o véu do templo[4], Deus então torna o Santo dos Santos acessível a todos que desejarem entrar em sua presença para prestar-lhe adoração. Nas palavras de Pedro, “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz[5].” Pastor Zach Neese afirma que “Somente um sacerdote pode carregar a presença de Deus. Se você não entende que é um sacerdote, você vai passar a vida inteira pensando que outras pessoas serão responsáveis por trazerem a presença de Deus pra você.[6]”. Somos então, por direito adquirido na cruz, os novos sacerdotes da nova aliança.

 

SACERDÓCIO POR DNA.

O sacerdócio, antes de Tetelestai, era geneticamente transferível: Arão[7], junto com seus filhos, foi ordenado o primeiro sacerdote, através de Moisés. Logo após, essa família daria conta de sustentar o sacerdócio em Israel. O sangue de sacerdote corre nas veias, ainda que esteja sem a estola e o turbante. A estola e o turbante fazem parte da identificação do sacerdote e cedem-se como ferramentas no exercício da função. Todavia, ainda que o sacerdote esteja sem eles, permanece sendo sacerdote. Pastor Zach Neese afirma que “Se você é sacerdote, você sabe, porque você nasceu assim.[8]”. dentro de suas veias corre o sangue de sacerdote, se você estiver no pleno (e santo) uso de estola e turbante, se você estiver com a estola e o turbante sujos[9], ou ainda, se por alguma razão você estiver despido de estola e turbante. O que define o sacerdócio em você é o seu sangue.

 

EXAME DE SACERDÓCIO.

Nós somos sacerdotes. Conhecemos nossa situação perante Deus e Deus reconhece-nos como tais, porque conhece o nosso sangue. Todavia, em alguns momentos, levantam-se pessoas que passam a questionar esse sangue de nossas veias. Hoje, temos o popular exame de dna, que revela, pós amostra extraída do sangue, a paternidade de alguém. Qualquer um pode usar a estola, mas só quem tem sangue de sacerdote é sacerdote de verdade. Em alguns momentos, podemos ter pessoas usando-as e não serem sacerdotes reais, estando apenas vestidos como tais. Também como podemos encontrar reais sacerdotes que, por alguma circunstancia, possa ter retirado a estola e o turbante e, vestidos como pessoas normais, tentam dizer (até a si mesmos) que não são mais sacerdotes. Mas o sangue em suas veias não os deixa mentir sobre sua real identidade. Toda vez que esse sangue é posto em prova, revela-se ali o sacerdócio escondido. Todavia, o sangue só aparece quando há corte. E Deus, muitas vezes permite que o sacerdote corte-se, a fim de ver seu sangue correr e lembrar-se de quem é[10].

E, assim como o exame de dna atesta a real paternidade de alguém, esse sangue atesta sua real identidade. Seja para você, ou para quem duvida daquilo que Deus te chamou para ser. Mas para que o sangue apareça, é preciso tirar a estola. Porém, você recebe uma garantia de ser sacerdote quando tira a estola e seu sangue aparece.

 

TRATAMENTO DE SACERDÓCIO.

Em alguns momentos, porém, o sacerdote precisa tirar a estola e o turbante a fim de receber um tratamento. Pode ser como no caso de Josué, que estava com eles sujos. A razão da sujeira não nos é dita, mas podemos inferir que algumas coisas sujam a estola e o turbante:

  • o pecado (não arrependido, não confessado, não perdoado);
  • uma depressão pós uma grande vitória[11];
  • o cansaço, o desânimo e o desgaste pós um grande vitória[12];
  • o descuido, ao entrar em “terrenos sujos” para libertar alguém[13];
  • a falta de perdão (pedir, receber);
  • e tantas outras coisas.

Nesse caso, onde há sujeira, é necessário que recebam-se as vestes limpas, a fim de que sejam restituídas as funções sacerdotais. Todavia, antes disso, precisa vir o tratamento nesse sacerdote. Uma averiguação das razões que o levaram a sujar suas vestes e uma reafirmação do compromisso e mantê-las limpas.

Outra situação em que pode ser necessária a total remoção do turbante e da estola é no caso de o sacerdote ser ferido na guerra. Vitória em  não justifica a morte do sacerdote. Alguns sacerdotes lutam com toda intensidade. Todavia, machucam-se, e, sangrando demais passam a necessitar de um cuidado especial da parte de Deus. Começa então o delicado processo de remover o turbante e o sacerdócio. Imagine que alguém se acidenta de carro. Ao chegar no hospital ele não tira suas roupas, dobra e guarda. Os médicos que vão operar aquela pessoa cortam sua roupa e a descartam, pela pressa de poder operá-la e restabelece-la. Assim Deus trabalha em seus sacerdotes feridos. Ele não tem “delicadeza”, não. Ele não se preocupa com essa roupa. Está interessado na saúde do sacerdote. Ele corta essa roupa e começa a operar nele e curá-lo. Depois disso, quando curado e restabelecido em sua saúde, o sacerdote vai para o quarto do hospital de Deus, esperar receber a “alta” e, com ela, Deus trará as novas vestes a esse sacerdote. Vestes limpas e prontas para uso.

E, além disso, muitas vezes, Deus permite que o Sacerdote se machuque, a fim de conduzi-lo ao hospital, quando deseja curar-lhe de coisas internas que o sacerdote não sabe. Imagine que uma pessoa está desenvolvendo uma doença silenciosa. Pelos seus muitos afazeres, o sacerdote não para se avaliar e procurar o médico da alma com frequência e fazer seu check-up espiritual. Assim, Deus deixa o sacerdote se machucar bem feio, e assim, ele vai procurar o hospital e lá, essa doença pode ser identificada, tratada e, quando sai do hospital, o sacerdote sai tratado dela também. E é somente sem as vestes, que o sacerdote pode ser tratado.

O grande problema, muitas vezes, é que o sacerdote habitua-se ao uso das vestes. E, ao se machucar, demora a reconhecer suas dores e procurar ajuda, porque sabe o que acontecerá com elas ao chegar no hospital. Ele teme ter suas vestes rasgadas pelo doutor Jesus. Porque, sem as vestes, a aparência do sacerdote é como a de uma pessoa comum. Dentro do hospital, todos usam as roupas apropriadas ao ambiente e o sacerdote entra em crise de identidade. Porque apega-se ao exterior (as vestes) em vez de lembrar-se do que tem em seu interior (o sangue). Mas é dentro do hospital que Deus reafirma os sacerdotes.

 

RENOVO NO SACERDÓCIO.

Mas quando o sacerdote é restabelecido por Deus, ele recebe essas novas vestes da parte de Deus, é restituído ao sacerdote e o renovo[14] vem. O renovo muda tudo: rompe com o que é velho, traz o novo. A vida nova de Deus vem nesse momento, juntamente com a segunda glória que é sempre maior que a primeira[15]. O renovo restaura a terra a qual o sacerdote ministra. Com esse renovo, o pecado é removido e há grande alegria. Quando há conserto no sacerdote, há renovo no ministério dele. Deus tem prazer no renovo.

 

Deus ama seus sacerdotes, e zela por suas vestes. Todavia, mais do que as vestes, Deus ama e zela pela pessoa dos sacerdotes. Ele enquanto médico não tem problema em rasgar vestes, porque ele mesmo trará as novas vestes, mais ungidas e influentes da parte dele. Ele ainda usa seus sacerdotes. Mas que não sejamos pegos pelas doenças silenciosas do ativismo, perfeccionismo ou qualquer outra, porque ele não exitará em deixar que nos machuquemos. Pois, se for preciso, ele o fará. Mas o renovo virá! E o lugar preferido de Deus são os hospitais.

“Tão certo como um novo dia vai nascer, a noite te fará melhor que o dia anterior. Deixa Deus ser Deus e não desista de lutar. O amor aviva o coração. O amor cicatriza dor[16].” E Ele é o amor[17]!

 

[1] Zepka, 12/02/2016 – zepka@outlook.com

[2] Tetelestai: hebraico, “Está consumado”.

[3] João 19:31

[4] Mateus 27:51

[5] 1 Pedro 2:9

[6] Pastor Zach Neese. https://zepka1.wordpress.com/2014/04/29/5-o-papel-do-sacerdote/

[7] Levítico 8

[8] Missionário Dan Duke. https://zepka1.wordpress.com/2016/02/08/carregadores-da-arca/

[9] Zacarias 3:1-10

[10] Houve um tempo da minha vida, que eu havia determinado que não seria mais sacerdote. Todavia, toda vez que eu via um ex-discipulo voltar às drogas, prostituição ou simplesmente abandonar Jesus, pela razão que fosse, isso me cortava e meu sangue de sacerdote passava a gritar novamente em amor por essas vidas até que Deus me convencesse de que não adianta fugir de quem nós somos. Mesmo estando sem estola e sem turbante, meu sangue não mudou: eu ainda sou um sacerdote.

[11] Depois de uma grande vitória pode perder-se o sentido, daquilo que antes era tido como alvo, e essa falta de alvo causar uma depressão.

[12] Ludmila Ferber, Música “Nunca Pare de lutar”

[13] Com isso, me refiro à falta de preparo para entrar numa batalha espiritual, ocasionando retaliações posteriores.

[14] Zacarias 3:8-9

[15] Ageu 2:9

[16] Ministério Sarando a Terra Ferida. Música: Descansa em Deus

[17] I João 4:8

A inversão da honra

A inversão da honra[1]

Ouçam, meus amados irmãos: não escolheu Deus os que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino que ele prometeu aos que o amam?
Mas vocês têm desprezado o pobre. Não são os ricos que oprimem vocês? Não são eles os que os arrastam para os tribunais?
Não são eles que difamam o bom nome que sobre vocês foi invocado?
Tiago 2:5-7

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TENDÊNCIAS. Elas determinam nossas atitudes. Uma tendência de mercado pode determinar um grande investimento, uma tendência de moda determina comportamento de compras de milhares de pessoas. A tendência acontece quando você movimenta-se em direção a alguma coisa. A tendência te predispõe a algo, mas ela não é determinante. Você escolhe como lidará com seus recursos levando (ou não) as tendências da vida em consideração. Um desses recursos é a honra. O Apóstolo Paulo ensina-nos a honrar a quem merece honra[2]. É imperativo de Deus que honremos as pessoas em nossa vida. Todavia, é imperativo também que essa honra seja destinada para quem realmente a merece.

O texto de Tiago 2:5-7, fala-nos sobre a maneira como usamos a honra, direcionando-as aos ricos ou pobres em nossa vida. Manterei os termos ricos e pobres ao longo do texto, mas te convido, ao final a identifica-los em tua vida e substituir estes termos por palavras que ressaltem o sentido, como: professores, colegas, amigos, namorados, parentes, discípulos, líderes…

RICOS

Segundo Rodovalho, 2015[3], as pessoas não veem nosso coração, mas nossa atitude. É por isso que nossa tendência natural é honrar os ricos. Porque você vê o resultado deles. Os ricos têm muito. Nós aprendemos e pautamos nosso ministério na meritocracia. Assim, a tendência natural é os honrarmos e preterimos os outros. O que ocorre, é que nós seremos provados[4], e em nossa poda, aprenderemos muitas coisas. Deixaremos nossa meritocracia ministerial de lado, e em nosso reflexivo silencio ministerial, seremos despertos para algumas características peculiares a ricos e pobres.

CONVENIENTISTAS: Os ricos estão contigo nos teus momentos de grandes vitórias. E Deus conduz-nos em uma vida de vitória por muito tempo, até que chegue a poda. Sendo assim, há muito tempo para que os ricos estejam em tua vida. E eles realmente estão lá. Existe certa reciprocidade, tendenciosa ao lado deles, então leva tempo até que você perceba que eles são convenientistas. Eles estão contigo. Durante tua fase vitoriosa, podem existir até mesmo seus momentos inoportunos, onde algumas lutas se instalam em tua vida, e eles lutam contigo e por ti. Você estará lá por eles. Promessas de lealdades são suas marcas. Todavia, o que você tem neles, é o “falso sentido de lealdade”. Porque se você é um real servo de Deus e se ele deseja fazer algo grande através de tua vida, você passará pela deliciosa poda espiritual. Quando ela chega, você seca. Você fica com a aparência da árvore de Jó[5], seco em si mesmo e na esperança da promessa do cheiro das águas. Nesse momento, em que você não é mais uma árvore frondosa e cheia de frutos, os ricos te abandonam, pois não precisam mais de ti. Você passa a ser esquecido e trivial na vida deles. Antes, abraços aquecidos e juras de lealdade. Na poda, sorrisos amarelos e conversas protocoladas.

ACUSADORES. Os ricos te levam aos tribunais. No seu momento de poda, você deixa um legado. Seus frutos não morrem, eles são colhidos e seus rebentos são transferidos a um novo canteiro, de onde poderão ser alimentados e crescerem no Senhor (glórias a Deus por isso). Nesse momento, Deus tem preparado um novo lugar para seus frutos e rebentos e pode até mesmo ser na árvore dos “ricos”. Todavia, os ricos não entendem o tempo de Deus em tua vida. E eles passam a lutar pela “posse” dessa tua herança. Nesse momento, eles julgam teus posicionamentos e posturas (ainda que tenham te ajudado a construir muitos deles); eles questionam tudo o que você ensinou, desvalorizando passo a passo. Te levam a júri: após tendenciosos comentários deles, pedem que outros ricos posicionem-se em relação a ti.

DIFAMAMADORES: Faz parte dos ricos usarem a difamação como ferramenta. Por andarem muito tempo contigo, eles te conhecem e sabem muitas verdades sobre ti. Então, em tua ausência, eles utilizam-se disso. Afinal, quem duvidará quando eles disserem que você disse…? É nessa confiança que eles ganham que eles aumentam essas verdades, as distorcem, fazem perder o sentido. Podendo se tornar até mesmo em mentiras sobre ti. Não se dá o benefício da dúvida. Está dito. E a mentira os enegrece. Rouba seu brilho. Antes eram tão bonitos, hoje se tornam opacos, vazios de sentido.

OPRESSORES: Outra ferramenta é a opressão. Te reduzem à uma imagem que precisa ser evitada. Seu nome passa a ser substituído. Sua foto, removida. Suas palavras, descreditadas. Atitudes que intentam machucar, ofender. Tudo isso faz parte do processo de Deus em tua vida. A fim de que você o tenha em primazia e como única fonte de verdadeira riqueza. Mas ele não te deixa só. Ademais que ele te supre e você não passa necessidade nenhuma[6], ele te revela que ao seu lado não tinham apenas ricos, mas também os pobres (obrigado Deus pelos pobres).

POBRES

Os pobres, a quem me refiro, na realidade espiritual, nada têm de pobreza. Em suma, eles são POBRES APENAS AOS OLHOS DE QUEM NÃO ENTENDE a preciosidade daquilo que eles são. Perfeitos? Não. Eles passam longe de o ser. Assim como todos nós, eles estão aqui para serem aperfeiçoados por Jesus e alcançarem o prêmio da soberana vocação[7]. Os pobres estão na mesma corrida espiritual[8], todavia, estão a cada dia, através do Espírito Santo sendo desprovidos de seu egoísmo e conseguem entender que a corrida não tem o mesmo valor se a chegada for sozinha. Eles entendem a missão. Sabem que na corrida espiritual, muitos precisam de ajuda. Eles não param de correr. Tem alvo. Todavia, entendem em Deus que muitas vezes que não existe um único pódio na linha de chegada. O que existem são muitas linhas de chegada, e que elas estão em ajudar aqueles que por alguma razão perdem a saúde e precisam parar de correr. Eu aprendi a amar os pobres com tamanha paixão. Explico-as nas palavras de Tiago, em suas características espirituais.

HERDEIROS DO REINO. Eles são os filhos da verdade. Neles, contém a chave para o Reino de Deus. Todavia, eles não as penduram do lado de fora do bolso, com um enorme chaveiro a fim de serem notados. Muito pelo contrário, eles nem mesmo tem a consciência de que as têm, até o momento em que espontaneamente as usam, abrindo as portas do Reino para nós. Tiago ainda os chama de RICOS EM FÉ. Que coisa gloriosa. Há fé neles. Eles verdadeiramente entendem e creem que o choro dura uma noite, mas a alegria volta pela manhã[9]. É interessante notarmos que nós podemos até saber disso[10], mas quando estamos no meio da noite, sempre esquecemos. E é nesse momento que você ouve o barulho do chaveiro na mão deles e as portas se abrem para a fé ser mais uma vez depositada em sua vida.

AMAM. Outra característica que quero falar, pertencente aos pobres é que eles têm viva dentro deles a essência da lei e da graça[11]: amam a Deus e ao próximo. Amar faz parte deles. Quando você se encontra em plena desvalorização, com o semblante total da árvore seca de Jó[12], e precisa ser esforçado para reconhecer o valor de Deus em você. Esses pobres te amam. Palavras de afeto, respeito e até mesmo admiração (que coragem eles têm… rs) vão saindo da boca deles pra você, e Deus os vai usando para te lembrar de quem você é nele. E o amor de Deus neles vai, lentamente trazendo o cheiro das águas de Deus em sua árvore[13], e te curando. Eles só conseguem amar dessa maneira, porque enxergam como Deus. Eles sabem que existe uma árvore ainda viva dentro desse tronco morto. Esse é o tipo exato do amor de Deus nas pessoas: amar pelo que não se vê, apenas por reconhecer que um dia, essa árvore volta a florescer.

SÃO OS ESCOLHIDOS. “Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos.[14]” Os pobres passam por lutas e adversidades constantemente. Essas lutas são transformacionais: elas movimentam os chamados aos lugares que Deus deseja. Nesse momento, os pobres passam pelas provações vindas da parte do Senhor. E é nesse momento de provações que eles se reconstroem, são aprovados e reestabelecem-se, mais fortes e aperfeiçoados. Eles entendem o seu valor em Deus, e levantam-se do chão quantas vezes forem necessárias. Deus trabalha neles como uma fênix: se destruídos, reconstroem-se, e se construídos, carregam cura em suas lágrimas. E é nesse processo de Deus em nossas vidas, que passamos a valorizar a amizade dos pobres escolhidos. Como fênix, alguns estão em cinzas, outros em processo de reconstrução, e outros estabelecidos, mas prefere voar em direção aos feridos e curá-los em vez de reunir-se com outras fênix estabelecidas. Essas pobres fênix escolhidas têm seu valor em Deus.

Em um dos Jogos para-olímpicos, nove atletas, todos, deficientes físicos ou mentais, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar, isto é, todos, com exceção de um garoto que tropeçou, caiu no asfalto, rolou algumas vezes e começou a chorar. Os outros oito ao ouvirem o choro, diminuíram o passo, olharam para trás, deram meia volta e voltaram. Uma menina com Síndrome de Down ajoelhou-se a seu lado, beijou-o e disse: Isto fará você se sentir melhor! Todos os nove competidores deram-se as mãos e caminharam juntos, lado a lado, até a linha de chegada.[15].

A coragem de levantar o outro do chão e caminhar de mãos dadas com os indesejados só pode partir dos pobres, os que entendem que todos nós estamos sendo construídos diariamente por Deus. O resultado dos pobres é difícil de ser percebido, pois não é externo e visual como o dos ricos. Por isso que a tendência natural é que sejam desprezados. Todavia, só passa-se a entender isso quando você perde a companhia dos ricos, e ficam somente os pobres contigo, te regando com a água do Senhor[16].

Pastor Leandro Dias Araújo diz que: “Quem não me respeita, tem o meu respeito, mas não tem minha admiração[17].” Assim, aprendemos a seguir o conselho de Tiago. Honraremos a quem? Os pobres, ou os ricos? Que a cada dia, Deus nos ensine a amar os ricos e ficarmos certos que Deus os ama, e que muitos deles não entendem o quão dolorosas podem ser suas atitudes. Sendo assim, não podemos imputar-lhes culpa. Todos nós passamos por estações na vida em que precisamos identificar coisas novas na vida. Como versa Ana Paula Valadão, “Pessoas vêm, pessoas vão, e eu amadureço, percebo o valor de cada encontro e cada irmão[18]”. Deus precisa remover os ricos de nossa vida, em alguns momentos. Que nunca lhes falte o nosso respeito e amor, mas que sejamos sábios em conceder nossa honra. Que ela seja colocada na vida dos pobres que estão sendo usados como ferramentas de Deus para que Ele faça aquilo que propôs em nós. Que possamos consertar a inversão da honra em nossas vidas, a fim de fazermos a vontade de Deus e sermos gratos pelas preciosidades presentes em nossa vida.

Nesse intento, resolvo honrar os “pobres” da minha vida:

 

Pobres: vocês são aqueles que Deus escolheu para mudar minha vida, e eu louvo a Ele pela vida de vocês. Obrigado por existirem.

[1] 24/01/2016

[2] Romanos 13:7

[3] Rodovalho, Robson – O ano da excelência / Robson Rodovalho. Brasília – Sara Brasil Edições : 2015.

[4] Tiago 1:12

[5] Jó 14:9

[6] Salmo 23:1

[7] Filipenses 3:14

[8] I Coríntios 9:24

[9] Salmos 30:5

[10] Salmos 30:5

[11] Marcos 12:31

[12] Jó 14:9

[13] Jó 14:9

[14] Mateus 22:14

[15] http://saltitandocomaspalavras.blogspot.com.br/2011/08/jogos-para-olimpicos-seattle-washington.html – acesso em 26/01/2016

[16] Jó 14:9

[17] https://www.facebook.com/PrLeandroAraujo/posts/927598513992671 – acesso em 26/01/2016

[18] Pessoas vêm, pessoas vão. Ana Paula Valadão – CD As Fontes do Amor. Diante do Trono, 2009.

 

LANTERNAS

faltou-luz

 

Faltou luz na sua casa, qual sua reação?

(  ) Ir no vizinho ao lado, perguntar se faltou luz na casa dele também.

(  ) Ligar para o 0800 da CEEE e procurar uma informação sólida.

(  ) Procurar uma vela, antes de ligar para o 0800 da CEEE.

(  ) Bater com o dedinho do pé, na quina de um móvel, por não enxergar nada ao procurar uma vela, antes de ligar para o 0800 da CEEE.

 

É triste faltar luz, não é mesmo? Você pagar a sua conta de luz em dia e ficar sem acesso à energia elétrica pode causar desapontamentos, não é mesmo? E os inconvenientes advindos de uma queda geral da luz em seu bairro? Se você estiver tomando banho no momento? Ou esquentando algo no micro-ondas? Ou assistindo um filme? Com certeza a ausência da luz incomoda. Mas seria essa ausência algo totalmente desnecessário?

 

A ESCURIDÃO

“O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.” Você sabe me dizer onde esse versículo se encontra na bíblia? Em Isaías 9:2 e Mateus 4:16 simultaneamente. Esse é um dos momentos em que o novo testamento usa o antigo testamento ao referir-se a Jesus. A importância disso está em que, sempre que isso acontece relaciona-se com a afirmação da identidade de Jesus. Ao dizer quem era, ele deixava os profetas dissertarem sobre ele. Jesus entendia que, tanto para as autoridades da lei como para os iletrados, a voz de Deus sobre ele precisava ser ouvida. Alguém precisava o introduzir. E para isso, havia um antigo testamento inteiro que conduziam à mensagem encarnada que Jesus era.

Deus não nos criou para andarmos em trevas, ele tem prazer na manifestação da luz. Todavia, existem momentos em que este povo, a que o versículo menciona, somos nós. Andamos em escuridão, em trevas. O Salmo 23 nos fala sobre o vale da sombra da morte[1]. Diz-nos que andaremos por ele. Precisamos entende, que Deus usa esse vale em nossas vidas. É um lugar de treinamento, onde somos forjados. Nesse lugar escuro, desenvolvemos confiança, aprendemos a dependência, descobrimos o consolo e construímos um relacionamento mais íntimo e sincero com Deus. Jó passou por esse vale, em seu livro[2], nos deparamos com uma história de sofrimento e superação. Jó tinha tudo para frustrar-se com Deus e nunca mais procura-lo. Todavia, Jó desfrutou do que Isaías profetizaria futuramente: ele veria uma grande luz raiar. E, logo depois de sair dessa terra da sombra da morte, ele afirmou: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos.[3]”. Foi no vale da morte que Jó desenvolveu relacionamento com Deus.

A escuridão existe sim, e precisamos de parar de romantiza-la, e entender que faz parte do plano de Deus que a reconheçamos e a identifiquemos, pois só assim, a luz pode raiar em nossa vida. Por mais que a evitemos, em alguns momentos, pode fazer parte do plano de Deus, fazer-nos passar por esse vale, a fim de podermos ver a luz nascer novamente. Existe uma promessa para quem está na escuridão: a luz vai raiar. Paulo deixa-nos a esperança de que: “A noite está quase acabando; o dia logo vem. Portanto, deixemos de lado as obras das trevas e vistamo-nos a armadura da luz[4].”. Que tomemos logo essa armadura da luz, e poderemos ter essa luz raiando em nós.

 

A LUZ

O profeta Malaquias diz: “Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas[5]”. O sol da justiça nascerá sim. A luz vai voltar a raiar. E quando essa luz raiar, ela traz cura em suas asas. Imagine uma pessoa que está doente por falta de vitamina D. em consulta médica, é prescrito exposição diária ao sol, a fim de que os raios ultra violetas entrem em contato com a pele. Conforme a “receita médica” é seguida, a pessoa começa a ser restabelecida e é curada.

Assim funciona esse sol da justiça a que Malaquias refere-se. O sol da justiça nos cura. Mas para isso, precisamos ser expostos a ele. É, no entanto, nossa escolha dar ou não espaço para o sol intervir trazendo cura em nossas vidas. De nada adianta um dia ensolarado se você está decidido a permanecer trancado dentro de casa. Jesus está disponível à nós hoje.

 

AS LANTERNAS

A luz, quando chega ela também denuncia o que está no escuro. Faz parte da natureza da luz não deixar nada encoberto. Jesus, enquanto estava aqui na terra, disse certa vez: “Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo[6]”. Jesus voltou para o pai, mas enquanto estava aqui, brilhou como sol, sendo essa luz, a luz do mundo. E Jesus deixou-nos um caminho assinalado de como podemos encontrar-nos com ele e sairmos da escuridão: sua palavra. Através dela, qualquer um de nós pode sair do vale escuro e passar a habitar na terra da luz.

No entanto, os que permanecem no escuro não conseguem enxergar esse caminho, pois o escuro os cega. Sendo assim, Jesus antecipou uma ideia do futuro século XIX. Enquanto o mundo só conheceria as “lanternas” em 1890, por invenção de Conrad Hubert[7], Jesus traria esse conceito colocando nos como o objeto. Como ele mesmo diz, citado por Mateus: “Vocês são a luz do mundo[8].”. ele constituiu-nos, antes presos em nossa escuridão, agora parte do projeto de iluminação ao trazer vida e luz, para que outras pessoas encontrem o caminho[9]. Somos como lanternas. Portamos a luz, ainda que não na mesma intensidade que o próprio Jesus, como a lanterna, “nossa” luz é artificial, suficiente apenas para apontarmos o caminho, e assim as pessoas poderão encontrar-se com o verdadeiro sol da justiça e serão curadas ao receberem dele “a vitamina D” espiritual.

Quando bem utilizada, a lanterna tem seu valor: cumpre o propósito e alcança o resultado esperado. É, portanto, nossa comissão[10] “ligarmos nossa lanterna” apontarmos para ele, e cumprirmos a ordem deixada. Todavia, se você colocar uma lanterna na mão de um engraçadinho, ele poderá executar uma simples brincadeira irritante: colocar a lanterna acesa apontada em seu rosto. Além da situação de desconforto que isso causa, é um desperdício para o uso da lanterna.

Porém, em alguns momentos esse é o nosso comportamento enquanto “lanternas espirituais”: nos posicionamos virados para o rosto das pessoas, em vez de lhes ajudarmos com o dom espiritual que Deus tem nos dado. Criticamos, julgamos, apontamos, gritamos “é pecado!”, rotulamos as pessoas e tantas coisas que machucam os olhos dos que precisam de luz e os impossibilitam de encontrar-se com o sol. Burke, 2015[11] nos diz que faz parte do cargo de Deus julgar. Do nosso cargo, consta como descrição amar as pessoas[12]. Precisamos entender que “a solução de Jesus para o pecado era relacionamento”[13]. E não é difícil entendermos esse conceito. Basta olharmos ao nosso passado e percebermos a forma como ele se aproximou de nós e foi nos trazendo a cura em suas asas, antes de comissionar-nos à lanterna. Paulo lembra-nos que: Pois Deus que disse: “Das trevas resplandeça a luz”, ele mesmo brilhou em nossos corações[14], para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo[15]”. Que essa lembrança seja constante nos corações: foi a luz que resplandeceu das trevas. Ele nos encontrou, Ele é quem brilha em nossos corações. Burke continua dizendo que nós “precisamos enxergar a nós mesmos através dos olhos de Jesus para que possamos colaborar com ele na restauração de outras pessoas.”[16].

Até porque, as outras pessoas também são lanternas. Algumas delas podem não estar funcionando, estão doentes, e essa é a tarefa das lanternas funcionando: conduzi-las ao conserto (a cura), através da exposição do caminho.

 

TIPOS DE LANTERNAS

Algumas lanternas podem nunca ter funcionado, são as lanternas com defeitos de fábrica: essas lanternas revelam as pessoas que nunca conheceram o Senhor verdadeiramente, e precisam, com a maior urgência serem conduzidas à ele, para que descubram o propósito de suas vidas. Essas lanternas estão em trevas, ainda não conhecem a Jesus. Aqui, o Espírito Santo trabalha através de suas lanternas a fim de salvá-las para que cheguem ao conhecimento da graça[17]. Nesse momento, a lanterna funcionando verá se cumprir o Mateus 4:16 na vida da lanterna com defeito de fábrica. Ela funcionará e será uma aliada!

Outras lanternas são aquelas que estão estragadas. Essas são as lanternas que precisam de reparos. Elas quebram no meio da utilização. Imagine-as como lanternas de vigias: elas estão funcionando perfeitamente nas mãos do vigia, mas chega a hora da troca do turno, e essa lanterna passa para a mão do outro vigia. E, na hora de ser repassada, cai no chão e chega na mão do outro vigia funcionando mais ou menos. Não ilumina sua capacidade excelente. É o momento em que essa lanterna ou vai ser descarta, ou precisará ser desligada para ser consertada. E Deus sempre tirará um tempo para consertar as lanternas. Deus não aprova o descarte. Deus poderia ser o pai da reciclagem. Com todo o cuidado de um experiente eletricista ele abre a lanterna, descobre onde foi o estrago e, com todo o seu amor, a traz de volta ao seu funcionamento. É o momento em que se novamente se cumpre Mateus 4:16.

E existem as já referidas “lanternas funcionantes[18]”, que poderão, nos dois processos, ou auxiliar ou atrapalhar, dependendo de sua disposição. Para as lanternas com defeito de fábrica, as lanternas funcionantes ou iluminarão o caminho, apontando para Jesus através do relacionamento, ou atrapalharão apontando-se aos rostos, julgando as pessoas. No segundo caso, o das lanternas que precisam de reparos, as lanternas funcionantes poderão servir da mesma forma: ou iluminarão o ambiente para o eletricista Jesus poder fazer seu minucioso trabalho (através do relacionamento e de sua intercessão), ou tentarão desligarão sua luz (desfazendo relacionamentos), ou ainda iluminar de forma inapropriada, na procura de “expor”, em vez de ajudar. Jesus diz que “Ninguém acende uma candeia e a coloca em lugar onde fique escondida ou debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, para que os que entram possam ver a luz.[19]”.

É nossa tarefa sermos luz, ligarmos nossas lanternas de forma apropriada e auxiliarmos o processo de aproximação das pessoas com Jesus. Em qualquer um dos casos e estágios que a lanterna possa estar, ela nunca perde seu valor para Jesus e sempre poderá fazer o que for necessário para o funcionamento da lanterna: ajustar seu foco, consertá-la (curá-la), ativá-la. Jesus é a luz e o perfeito eletricista. Que possamos ser sensíveis ao Espírito Santo e entender dele que tipo de lanterna somos e como podemos contribuir com seu reino. Se formos sinceros na procura dessas respostas, ele será sincero conosco e nos fará atingir o pleno funcionamento: a excelência para a lanterna.

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1 Pedro 2:9

 

Quanto a mim, sou uma lanterna fazendo fisioterapia.

 

13/01/2016.

 

 

[1] Salmos 23:4

[2] Livro de Jó, Bíblia

[3] Jó 42:5 – Versão NTLH

[4] Romanos 13:12

[5] Malaquias 4:2a

[6] João 9:5

[7] http://sabemosdetudo.com/cultura/ask118734-Quem_inventou_a_lanterna_e_em_que_ano.html – acesso em 15/01/2016

[8] Mateus 5:14a

[9] João 14:6

[10] Mateus 28:19

[11] BURKE, John. O barro e a obra prima. Editora Vida, 2015.

[12] Mateus 22:39

[13] BURKE, John. O barro e a obra prima. Editora Vida, 2015.

[14] Efésios 5:8

[15] 2 Coríntios 4:6

[16] BURKE, John. O barro e a obra prima. Editora Vida, 2015.

[17] 1 Timóteo 2:4

[18] Peço licensa poética.

[19] Lucas 11:33